Machu Picchu

Cheguei em Cuzco, Peru.




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NÂO HÁ GOZO SEM CHORO, NEM ALEGRIA SEM TRISTEZA

O QUE NÃO CONTEI....

No Brasil:

Excesso de veículos nas estradas principalmente caminhões, ônibus, carretas e bitrens. Teve momentos de coluna de 15 veículos caminhões  indo e outros tantos no sentido contrário vindo. Cortava a todos, sem constrangimento mas com o devido cuidado.

Nas ultrapassagens a veículos grandes ( ônibus e caminhões ) usava a arrancada e velocidade da moto e me curvava o tronco sobre o tanque da moto. 

Algumas  vezes ao cruza-los, tive a colaboração de veículos do sentido contrário indo para o acostamento, haja visto, que, naquele momento, não dava, para parar ou entrar entre dois veículos devido a velocidade da moto e dos veículos.

Muitas obras nas rodovias no qual ocasionam muitos desvios de tráfegos ( trechos com barros, terras fofas e/ou costelas ). No Brasil, isso é sofrível em virtude que os veículos, além de não respeitar motos, disputam com elas o mesmo espaço.

No Peru.

Diarréia 

Diarréia é comum em estrangeiro e comigo não foi diferente. Para voce ir a Machu Picchu, é de trem. Dentro dele é servido lanches ( refrigerantes, água, suco, café, leite e guloseimas ), na ida e na volta.
Na ida preferi  café e algumas guloseimas ( amendoins,  passas e etc ).
Na volta mudei. Tomei dois copos de sucos, um meu e outro de uma espanhola que disse não pedir o suco e sim café com leite. Nisso o atendente passou o copo da espanhola para mim.

Depois da volta de trem da cidade de Águas Calientes à cidade de Ollantaytambo o transporte é feito de taxi, vans, micro ônibus e etc.
Vim num canto, sentado e ao meu lado uma senhora com a criança no colo dormindo  apoiando-se em mim.  Não pude fazer nada. Aguentei mais ou menos duas horas assim.
Mas senti um desconforto intestinal. Aguentei firme. O micro-ônibus chegou ao final, perguntei ao motorista como chegar à praça principal que é a referencia para o hotel donde estava.
Nesta praça principal tive que aumentar as passadas, pois, o desconforto só aumentava, quando me ocorreu uma idéia ao passar em frente a porta de um restaurante e pedir a atençaõ do atendente.
Pedi  o cardápio, escolhi um tipo de prato ( sem a minima vontade de comer ) e perguntei donde é o sanitário. Me mostrou. Fui. Saiu uma pessoa dele. Entrei. Fiquei o suficiente para o alívio e quando sai já tinham duas pessoas esperando a liberação do sanitário.
Depois sentei à mesa e aguardei o meu pedido da janta.
Depois do jantar fui embora mais tranquilo e alegre o suficiente para chegar ao hotel e ir ao banheiro de novo.
A minha salvação é a farmacinha que uma das filha que monta para mim. Iniciei a medicação de Sulfa de Azina e soro. Tomei tres comprimidos de sulfa,  de 4 em 4 horas e dois litros de soros durante a noite e parte do dia da manhã.
Melhorei sem problema e segui tranquilamente a viagem.

Desvios
 Muitos desvios. Um de mais de 15 kms.
Em um desvio de uns 500 metros, já a noite, surgiu em minha frente, com  +ou- 100 metros dentro desse 500 metros.  Terrras prá lá de fofa, nisso pensei, é agora ou  tombo. Quando a moto deslizava e dava de lado, aumentava a aceleração e vencia aquele que poderia ser um tombo e causar danos na moto e a mim.
Foi um susto daqueles. Agradeci muito a Deus nesse momento.

Lá prá aquelas estradas de curvas curtas e bem fechadas, em um determinado momento surgiu um posto de combustível com o piso em terra e pedras, adentrei com muito cuidado para não deitar a moto, abasteci e verifiquei uma vendinha. Entrei nela, comprei uma água mineral por um soles e percebi que tinha outras coisas. comprei um pacote com seis pães um sobre o outro em um saco plástico, já amarrado na sua ponta. Arrembentei o amarrado e comecei a comer um dos pães. É igual chicletes para vc mastigar.
Mastiga, mastiga e se esperar não engole. Engoli. Fechei a boca do saco e o coloquei na frente da barriga entre ela e o blusão-de-moto.
Em um determinado momento da estrada, houve uma parada por mnotivo de obra nela.
Parei, fiquei esperando a placa Pare virar para  Siga. Nisso, lembrei do pão e peguei o saco para comer um. E não é que um dos pães caiu no asfalto?
Agachei e peguei-o e  comi alí mesmo na maior tranquilidade. Pensei e falei com o pão:
Não é hora de te jogar fora e sim te comer e é o que eu fiz agradecendo a Deus ainda..

Lá prá as bandas da noite, sem chegar ainda ao destino que era Cusco, no alto da montanha ( tem uma placa informando,4.922 metros acima do nível do mar ), com muito frio, chuva e vento forte, dei uma parada devido a fome, sede e vontade de fazer xixi.
Qual fazer primeiro?
Fiz primeiro o xixi, depois comi o pão, bebi água e troquei as luvas de verão para as de inverno e coloquei o blusão capa - de - chuva sobre o blusão de moto.
E me mandei...
Logo uns 15/20 minutos não é que surgiu uma cidadesinha, com unm hotel simplíssimo que foi a salvação!!!


Hotel:

Tive hotel nota SEM, - embora agradecia por ter encontrado-, e com banheiro coletivo, não dava para banho e sem papel higiênico, sem sabonete, sem toalha, sem desayuno ( café da manhã ), sem água quente. Não havia outra opção naquele momento, era  noite e foi o que surgiu depois de uma longa jornada de moto.
Tem aquele que voce nem tira a roupa de moto e dorme assim mesmo, isto porque, não dá confiança e sem higiene...

Sol

Na ida, subindo o Brasil, rumo ao Acre, após as 16 horas era quase impossível pilotar. Eu usava a mão esquerda para proteger os olhos do sol e enchegar. E recebia o vento forte no peito.

Vento:

 Lateral:

 muito comum nas regiões do Chile e Argentina e para minha surpresa, existe, também, no Peru.

No peito:

Subindo para o norte do Brasil, atrapalha muito;

Nas costas:

Ajuda. Isto aconteceu quando sai do Chile e entrei na Argentina, o sol e vento batendo nas costas.
Na Argentina, nas retas percebi o velocímetro chegar com  facilidade aos 190 kmph. Então, acelerei um pouco mais e a moto chegou nos seus 208 kmph, isso num dia e nas retas antes de chegar na lombada ou curva.
Noutro dia satisfeito e empolgado fiz 210 kmph e não insisti mais devido o volume das bagagens que poderiam interferir no equilíbrio da moto.

Curvas

Como já disse, existem aquelas que fiz com velocidade a 15/25 kmph, ( Peru e Argentina ), usando a 1ª e 2ª marcha, só não disse daquelas belíssimas curvas abertas sem barrancos laterais, com visão totalmente livre. E por sinal, foram muitas. Nestas eu fazia, sem constrangimento  com 150/165 kmph e até 175 kmph, (Chile algumas e muitas na Argentina ), na maior das seguranças, deitando bem a moto e com muita empolgação. Achei tudo uma delícia. Quando fazia estas curvas com estas velocidades não haviam no momento nenhum outro veículo chegando ou saindo. Era somente eu naquele momento. Não chovia e nem havia concorrencia com outro veículo e nem vento forte. A temperatura era tranquila e sem chuva. Era ótimo e convidativo para tal.
Acredito que meu desenvolvimento foi maior das vezes anteriores...

PROPINA  - ( gratificação )

Muito comum no Peru e Argentina.
No Chile não existe.

No Peru, logo quando voce entra  é recebido por um funcionário na Aduana. Ele te atende com educação e
presteza e assim que termina me cantou uma propina. Como disse, dei R$10,00, muito contra gosto e vontade. Um outro brasileiro que conheci nesta viagemn também deu 10,00;

Nos policiais nas rodovias foi assim:

Nos momentos que os vias, cumprimentava e eles correspondiam com sorriso e um adeus de boa viagem.
Mas quando, saindo da cidade de Puno/Peru, depois de uns 15 kms, acenei para os 2 policiais um pequeno e outro alto e um deles acenou para que eu parasse e de pronto fiz, porém, postei a moto no acostamento da contramão, pois, somente assim eu conseguia colocar a moto sem que a mesma desse uma deitada. O policial questionou da contra-mão e eu expliquei o motivo e ele aceitou. Pediu a documentaçao de motorista e da moto e de pronto foi entregue.
Ele veio com o argumento de que a moto tem a obrigação de possuir tarjas pintadas  refletivas nas laterais e ter também o seguro internacional de moto.
argumentei com veemencia que as tarjas refletivas ele poderia vê-las em minhas roupas e que o seguro internacional não existem obrigações salvo para a Argentina que é o chamado Seguro Verde, no qual já estava sendo providenciado pelo meu filho no Brasil como poderia verificar mensagem no meu aparelho Celular BlackBerry.
Conversa vai conversa vem.
Eu gesticulava e falava bastante com o meu péssimo portunhol.
Que não concordava com as exigências;
Que antes da viagem procurei saber com aqueles que fazem esse tipo de passeio e todos me confirmaram que só existem na Argentia.
Que eu não permitia tal procedimento deles que eles me mostrassem o código, bíblias, seja lá o que fosse, mas que me provassem donde eu estava irregular. Se eles provassem eu não tinha outra coisa a não ser concordar com eles. Ser preso e ou pagar a multa.
Nisso eu tirava papel e mais papel como se tivessem procurando alguma coisa. Falava mais que pobre na chuva.
O outro policial mais alto de vez em quando parava e liberava um carro que estava passando naquele momento.
Esse policial mais alto vinha sério e eu continuava falando e percebi que ele segurava para não rir tamanha era a minha comicidade no momento. Mas eu ficava sério.
Foi quando eles percebendo que não ia dá em nada,pois eu estava certo e não cedia às investidas de que estivesse errado, o pequeno me liberou desejando boa viagem e aí o grandão chegou e tirou do bolso uma nota de dez soles ( +ou- R$5,00 nosso ) e disse que desse então a eles PROPINA. Ah! entendi, dei de bobo e tirei a carteira e dei a cada um deles uma nota de dez soles peruanos, ( aborrecido pelo fato ) e parti dali imediato.

Já, mais na frente, percorrido uns outros 20 kms, deparei com uma blitz com 4 policiais e me mandaram parar.
A estória foi a mesma.
Não concordei. Gesticulei bastante.
Expliquei que logo atrás uns colegas deles haviam me parado e fui liberado pois eu estava correto e que não existem tais exigências e se existissem que me mostrassem algum código ou mesmo bíblia ou outra coisa que me obrigasse. blá, blá, blá...
Eles então me liberaram e desejaram boa sorte e não dei nada...
Eles acabaram me ajudando, pois, havia ultrapassado ha uns 6 km atrás e vi um posto de combustível e não parei, em virtude de ter passado rápido e na expectativa de existir outro na frente.
Foi , então, que me falaram que próximo está ha umas três horas na frente.
UFA!
O combustível da moto quando cheio marca seis barras e ela estava marcando duas barras o que demonstrava que faltava pouco para acabar o combustível.
Voltei e retornei ao posto e enchi o tanque. Sorte prá lá. Agradeci a Deus pelos aqueles policiais.
Não tinha dúvidas que ia me ferrar se não fossem eles.
Foi Deus e não tenho dúvidas.

No Chile nessa parte não tive problema.
A polícia de lá é séria.

Na Argentina, logo quando entrei, rodados alguns kms fui para por 4 policiais, uma era mulher.
Me pararam e perguntaram como estava, de onde vinha e para onde ia!
Minha resposta:
Que eu estava fudido, perdido, sem efetivo, sem dólar e sem real somente com cartão de crédito, com fome e muita sede e perguntei se eles não tinha água para beber...
Aí um deles me ofereceu Coca Cole apontava para a garrafa que estava pela metade..
agradeci...
eles desejaram boa viagem...
E parti com Deus...
Moral: ser bravo kkkk

Depois disso em duas outras oportunidades me pararam, mas como eu já estava com a filmadora no capacete, eles me faziam as perguntam eu respondia, e me perguntaram se eu estava filmando...
eu respondia que sim ( não era verdade).
 que não poderia deixar de filmar as belezas da Argentina...
Eles, então, me liberaram imediantamente...
Moral: filmadora... kkkk


 não chegava nem descer da moto

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